História
O Immortal é uma
banda de black metal de Bergen, Noruega. Atualmente, os membros mais
importantes são Demonaz e Abbath; estes estão juntos na banda desde o início,
sendo encarregados de escrever todas as músicas e letras. Não são irmãos,
apesar de às vezes assinarem seus nomes como "Demonaz Doom Occulta" e
"Abbath Doom Occulta".
Em 1988, esses
dois adolescentes noruegueses, juntamente com Kristian "Varg"
Vikernes (também conhecido como Count Grishnackh, que algum tempo depois
formaria o grupo de um homem só, o Burzum) e mais dois rapazes (Tyr e
Alligator) formaram uma banda chamada Old Funeral. Esta banda fazia um thrash/death
com pequenos indícios de black metal moderno. Sua primeira demo saiu em algum
período de 1989 e se chamava "Abduction of Limbs". No Old Funeral,
Abbath e Demonaz tinham as mesmas funções que desempenham no Immortal: Abbath
tocava baixo e fazia os vocais e Demonaz cuidava das guitarras. A Old Funeral
também lançou um EP intitulado "Devoured Carcass", lançada e gravada
em 1990.
Enquanto tocavam
na Old Funeral, Abbath e Demonaz também tocavam numa outra banda chamada
Amputation. Os outros membros da Amputation eram Armagedda (bateria) e Jorn
(guitarra). Em 1989 lançaram sua primeira demo, "Achieve the
Mutilation", contendo, ao invés do black metal da Old Funeral, um death
metal tosco. Outra demo foi lançada em 1990, mas esta permaneceu sem nome.
Da metade de 1990 até
a metade de 1991, Abbath e Demonaz tocaram em mais uma banda chamada Satanael,
que envolvia Count Grishnackh também. A Satanael não alcançou o sucesso da
Amputation e da Old Funeral, o que ocasionou a dissolução de seus membros. Este
acontecido levou Count Grishnackh a montar sua própria banda, Burzum. Enquanto
isso, ainda sob o nome de Amputation, gravaram a demo "Suffocate" e
logo depois "The Northern Upins Death". Após o lançamento, o
guitarrista Jorn abandonou o restante do grupo por motivos desconhecidos, o que
ocasionou a mudança do nome para Immortal. Uma das gravadoras a contatar a
banda foi a francesa Osmose Productions, que queria assinar um contrato com o
grupo para o lançamento de 4 álbuns. Durante esse período a banda já possuía
músicas suficientes para a gravação de um single de 7", que foi lançado
ainda em 1991.
No começo, Abbath
e Demonaz estavam muito inspirados pelos álbuns da banda de black metal Bathory
(juntamente com Celtic Frost e Destruction). Com apenas seis faixas mais uma
introdução prontas, o Immortal entrava em estúdio para a gravação de seu álbum
de estréia. Este foi lançado em 1992 com o nome Diabolical Fullmoon Mysticism.
Elogios vindos de toda parte soterraram os membros da banda. Mas Demonaz e
Abbath acabaram por enfrentar alguns problemas com o seu baterista. Armagedda
deixa as baquetas, sendo substituído por Kolgrim (ou Koldrin, nome esse que
gera muita controvérsia). Com uma formação agora intacta, gravam um videoclipe
para a música "The Call of the Wintermon".
Muitos se
perguntam se os membros do Immortal são satanistas ou não. Numa entrevista para
a imprensa norueguesa, Demonaz afirma que não são. Kolgrim acaba por explicar
que suas letras não falam de satã, e sim, da natureza e do inverno nórdico, o
que impede que seu estilo seja denominado "black metal". Ao invés
disso, preferem usar a denominação "holocaust metal" (metal
holocáustico) ou simplesmente "winter metal".
Em 1993, o
Immortal começou a ensaiar novamente. Demonz e Abbath acabam por perceber que
Kolgrim era um baterista preguiçoso, então sua substituição era necessária.
Antes da obra-prima Pure Holocaust ser gravada, eles acharam um baterista
competente chamado Erik "Pytten" Hundvin. Ao contrário do que muitos
pensam, Erik não gravou as baterias de Pure Holocaust, Abbath o fez. Este disco
mostrou ao mundo que o Immortal criou seu próprio estilo, diferentemente de
Diabolical Fullmoon Mysticism. A bateria do álbum foi gravada numa velocidade
extrema e as melodias eram mais densas que as das músicas anteriores.
Com novo material
na bagagem, Abbath, Demonaz e Erik saíram na primeira turnê da Immortal, a
"Fuck the Christ Tour", no inverno de 93/94. Durante dois meses a
banda excursionou por toda a Europa, provando que o metal norueguês estava a
todo vapor. Pouco depois da turnê, Erik saiu do Immortal. Abbath e Demonaz
estavam sem um baterista novamente. Mas como as mentes do Immortal são os
Occulta, eles começaram a escrever um novo material. Quando já possuíam 2
faixas prontas, saíram em sua segunda turnê no verão de 94. Na "Sons of
Northern Darkness Tour", preencheram o espaço do baterista com Hellhammer,
do Mayhem.
Porém, com o
sucesso de "Pure Holocaust", Abbath se sentiu confiante e assumiu as
baquetas do Immortal no álbum seguinte. Em setembro de 1994 Battles in the
North foi gravado. Ao compararmos este com "Pure Holocaust" não
encontramos muitas diferenças. O primeiro, entretanto, foi lançado em 5 versões
diferentes. A primeira versão era um promo-CD que saiu em 1995 com uma
belíssima capa. Consequentemente, Abbath e Demonaz decidiram lançar uma outra
versão com outra capa (sendo esta a oficial). Ainda em 1995, a Osmose lançou
uma versão digipack do álbum, que acabou sendo idêntico à versão original, sem
nenhuma música bônus. Como muitas outras gravadoras, a Osmose lançou também um
picture-LP de Battles in the North, limitado a 300 cópias pelo mundo. Quando a
gravadora decidiu lançar algo especial para os fãs, lançaram uma estupenda
edição especial, contendo 3 músicas bônus (tiradas do primeiro single da
Immortal), um pôster, um encarte especial e uma capa nova.
O álbum Battles in
the North conquistou o mundo em 1995, fazendo com que o Immortal decidisse pela
gravação de 2 videoclipes deste álbum. Após terem conseguido pouco sucesso com
o primeiro videoclipe ("The Call of the Wintermoon"), Abbath e
Demonaz queriam criar um vídeo que possuísse algo especial. Depois de
escreverem um script brilhante, foram até as montanhas norueguesas, cobertas de
neve, para a gravação. O resultado saiu no final de 1995, quando "Masters
of Nebulah Frost" mostrou ao mundo como o metal nórdico soava e parecia.
Uma terceira turnê
do Immortal estava planejada juntamente com os deuses do death metal: Morbid
Angel. Novamente na Europa, a banda cumpre seus compromissos com sucesso.
No novo ano que
surgiu, o Immortal começou a criar o seu quarto álbum. Os Occulta então viram
que o seu problema de baterista deveria ser resolvido. Não precisaram procurar
muito. Viram a vaga preenchida por Horgh, um excelente músico. Abbath e Demonaz
o conheciam havia muito tempo, mas não conheciam suas habilidades como
baterista. Abbath, então, passou suas técnicas a Horgh para que este pudesse
tocar as músicas mais antigas da banda.
No outono de 1996
a banda entra em estúdio para a gravação da demo do novo álbum. Escolheram o
estúdio Sigma para tal. O álbum Blizzard Beasts esmigalhou todas as críticas
anteriores com uma produção poderosa e crua, aliada às fenomenais, pesadas e
destruidoras habilidades dos músicos. Quando tudo parecida bem, Demonaz acaba
tendo uma infecção na mão direita, tendo de ser internado às pressas. Todas as
turnês foram canceladas.
O ano de 1997
deveria ter sido um ano de turnês. Acabou sendo um ano de preparação. A
sonoridade do álbum "Blizzard Beasts" foi dita como semelhante ao
antigo Morbid Angel, e esta fama a banda não queria. Como sempre, o grupo
possuía o seu próprio som e estilo, o que forçou os membros do Immortal a
fazerem uma reviravolta em suas carreiras. Demonaz, Abbath e Horgh começaram a
escrever um material totalmente diferente dos anteriores.
No meio da época
de composição do novo disco, a banda sai numa turnê inesperada. A banda tocou
como headliner no No Mercy Festivals Part II, que também tinha como atrações o
Cannibal Corpse. Como prova da grandiosidade e popularidade do grupo, o
Immortal também foi convidado a tocar no Dynamo Open Air Festival, na Holanda.
Infelizmente, entretanto, Demonaz não pôde mais tocar as guitarras do conjunto.
Sendo assim, Abbath assumiu seu lugar e Ares (da banda Aeternus) assumiu o
baixo.
O mês de novembro,
em 1998, foi escolhido para a gravação do quinto álbum, que receberia o nome At
the Heart of Winter. Esta nova obra de arte saiu em 1999 com uma sonoridade
mais death metal.
Após o lançamento
de At the Heart of Winter, que repercutiu muito bem com os novos fãs, e
decepcionou alguns da fase mais antiga da banda, decidiram lançar um cd com
influências bem caídas ao Thrash Metal, com muitas palhetadas e passagens nesse
gênero. O disco foi intitulado de Damned in Black, novamente repercutiu bem, seguindo
a nova linha da banda.
Em 2002 a banda
lança Sons Of Northern Darkness com uma atmosfera mais melódica, em alguns
momentos lembrando o álbum anterior, mas sem as passagens thrash. O CD conta
com músicas lentas que voltam um pouco às raízes, e sons cheios de blastbeats,
que tem a sonoridade mais popular do black metal de hoje em dia.
Ares decidiu
deixar o grupo logo após o lançamento do CD, pois já não aguentava mais fazer
turnês. Iscariah foi recrutado para tocar baixo em seu lugar. Mais tarde foi
anunciado o fim definitivo da banda.
Em junho de 2006,
numa entrevista a revista German Rock Hard, Abbath e Horgh divulgam que o
Immortal está de volta ao ativo. Era o reinício de uma das maiores lendas da
história do Black Metal.
Em Setembro de
2009, numa entrevista a revista Roadie Crew, Abbath e Demonaz falam sobre o
novo registro do Immortal, All Shall Fall que tem previsão de lançamento para
Setembro de 2009 na Europa e sobre a sua nova formação, com a contratação do
baixista Apollyon no lugar de Stian (Iscariah) que deixou a banda quando o
Immortal deu uma pausa nos seus trabalhos em 2003.
Segundo Demonaz o
próximo passo do Immortal sera o lançamento do DVD gravado no festival alemão
Wacken Open Air em 2007.
Membros
Atuais
Nome Pseudônimo Instrumento Período
Olve Eikemo Abbath Doom Occulta
vocal, guitarra,
teclado
(anteriormente:
bateria, baixo) desde 1990
Harald Nævdal Demonaz Doom Occulta
letras
(anteriormente:
guitarra) desde 1990
Reidar Horghagen Horgh
bateria desde 1996
Ole Jørgen Moe Apollyon
baixo desde 2006
Músicos anteriores
Nome Pseudônimo Instrumento Período
Yngve Liljebäck Saroth baixo 2002-2003, ao vivo
Jan Axel Von
Blomberg Hellhammer
bateria 1995, ao vivo
Erik Brødreskift Grim
bateria 1993-1994, ao vivo
Jan Atle Åserød Kolgrim bateria -
Jörn Inge Tonsberg - guitarra 1990-1991
Gerhard Herfindal Armagedda bateria 1990-1992
Stian Smørholm Iscariah baixo 1999-2002
Discografia
Álbuns de estúdio
• Diabolical
Fullmoon Mysticism - (1992)
• Pure
Holocaust - (1993)
• Battles
in the North - (1995)
• Blizzard
Beasts - (1997)
• At
the Heart of Winter - (1999)
• Damned
in Black - (2000)
• Sons
of Northern Darkness - (2002)
• All
Shall Fall - (2009)
Outros
• Immortal
[EP] - (1991)
• The
Wooden Box [Boxed set] - (2009)
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