Death metal
Death metal
(inglês para "metal da morte") é um subgênero do heavy metal. Surgiu
simultaneamente em várias partes do mundo, como EUA, Brasil e Suécia, na década
de 1980. O estilo tem raízes no Thrash metal, porém ele apresenta mais
agressividade que seu antecessor, letras com temas niilistas, sobre violência,
morte e sobre a fragilidade da vida humana.
Características do
estilo
• O vocal gutural é uma das
características mais notáveis das bandas de death metal. Os vocais normalmente
em geral são guturais graves (podendo ter algumas variações para guturais
agudos, o vocal scream), porém algumas bandas usam vocal rasgados como o
Possessed.
• A bateria é mais cadenciada e faz uso
intensivo da técnica de "Blast Beat" que emite um som semelhante ao
de uma "metralhadora",ou então batida bate-estaca, similar a do
Hardcore porém mais acelerada.
• Guitarras bem distorcidas e baixos com
andamentos bem acelerados
• As letras das bandas do estilo possuem
temas mórbidos relacionados com a morte, violência, filmes de terror,
filosofia, batalhas épicas e outros.
Origem do termo
A origem do termo
death metal é controversa, assim como qual seria a primeira banda do gênero.
Consta que a primeira aparição do termo foi numa entrevista com o Venom. Quando
perguntados sobre que tipo de música eles tocavam, os membros do grupo
responderam: "Nós somos black metal, death metal, thrash metal...".
Uma outra aparição pioneira do termo foi a coletânea Death Metal (1984),
lançada pela gravadora alemã Noise. Ela incluía canções do Helloween,
Hellhammer e Running Wild. Também em 1984 o Possessed lançou sua demo
denominada death metal, antecessor do álbum Seven Churches, álbum clássico de
1985. O nome da demo vinha da música homônima que participava da demo mas assim
como as outras três músicas da demo ficaram conhecidas com o lançamento do Cd
no ano seguinte. Apesar disso, a banda se auto-intitulava thrash metal na
época.
Em relação às
bandas, na Europa o Bathory, o Sodom e Celtic Frost tomaram o termo para si.
Nos Estados Unidos surgiam o Mantas (futuro Death) e o Master. A última tinha
gravado um disco para a gravadora Combat em 1985; porém nunca foi lançado.
Apesar disso, as demonstrações do Master foram bastante influentes no underground
americano, assim como o Deathstrike, projeto paralelo do líder da primeira
banda.
História do death
metal
Anos 80: A
primeira geração
O death metal
surgiu no início dos anos 80, quando as bandas primordiais estavam sendo
montadas, por volta de 1982 bandas como Hellhammer, Sodom, Possesed e Death
estavam iniciando suas atividades, a princípio o death metal tinha como
influencias básicas o thrash metal praticado por bandas como Venom, Warfare,
Atomkraft, Slayer, Voivod, Living Death, e o hardcore punk de bandas como GBH,
Agnostic Front, Dissension, D.R.I. e Discharge. Em 1984 o Sodom lança o In The
Sign Of Evil, um disco bem cru com uma sonoridade oscilando entre death metal e
black metal. Em 1985, o Possessed Lança o Seven Churches grande clássico do gênero,
considerado por muitos o primeiro álbum de death metal, no mesmo ano sairiam
Endless Pain (Kreator), Bestial Devastation (Sepultura) e Hell Awaits (Slayer).
O ano de 1986
certamente foi o ano definivo do death metal, pois nesse ano começam a surgir
álbuns cada vez mais rapidos e com sonoridades cada vez mais viscerais, o death
metal mostrava sua força e que veio para ficar. Muitos consideram Reign in
Blood do Slayer, como influencia principal para tudo o que se viria a chamar
death metal depois desse lançamento, apesar de comumente considerarem Slayer
uma banda de thrash metal, esse álbum mostrava características fortes de death
metal em faixas como "Angel of Death", "Necrophobic" e
"Jesus Saves", foi considerado na época um álbum de death metal.
Outros álbuns marcantes daquele ano foram Pleasure to Kill (Kreator), Antes do
Fim (Dorsal Atlantica), Morbid Visions (Sepultura), Obsessed by Cruelty
(Sodom), Scream Bloody Gore (Death), Bloody Vengeance (Vulcano), Strappado
(Slaughter).
Morbid Angel ao
vivo em 2006.
Por volta de 1987
as cenas com mais adeptos do gênero eram na Alemanha com Sodom, Kreator,
Minotaur, Poison (não confundir com o Poison americano, que é glam metal), no
Brasil com Mutilator, Holocausto, Sepultura, Sarcófago, Dorsal Atlântica e Vulcano,
e nos EUA com Possessed, Death e Sadus. Em 1987 o Napalm Death lança o Scum
mostrando ao mundo um grindcore cheio blast beats, que viria a influenciar e
muito as bandas surgidas a partir de então.
Em 1989 o
Terrorizer lança o World Downfall, álbum que oscila entre death metal e
grindcore, considerado por muitos um dos pioneiros do Brutal Death Metal. Nesse
mesmo ano o Morbid Angel lançaria o Altars of Madness, considerado um dos
maiores clássicos do death metal, esse disco reforça características que se
tornaram marcantes no death metal com o passar dos anos como vocal gutural,
timbragem grave e blast beats, também foi considerado um marco pelo acréscimo
de técnica instrumental diferente das bandas mais antigas, que faziam um som
mais cru e direto.
Anos 90: A segunda
geração
A segunda geração
foi de fato a responsável pela afirmação e notoriedade do death metal na cena
underground atual. Com caracteríticas mais agressivas e vicerais, devido a
influência herdada do grindcore já no fim dos anos 90, novas bandas surgiram já
rotuladas como death metal, diferente da década de 80 onde as bandas que
começaram a formação do death metal eram bandas de thrash que incorporavam
certas características que não correspondiam ao thrash metal e que tornavam o
som mais agressivo.
Dentre as
características que equalizaram o death metal noventista, destacamos, guturais
extremamente graves, baixa afinação das guitarras, uso intenso de blast beats
(característica herdada do grindcore), melhora considerável nas técnicas musicais,
dentre outras muitas características que são evidenciadas nas vertentes que
surgiram a partir dessa evolução do death metal. Dentre as bandas pioneiras
dessa nova geração, podemos destacar: Carcass, Morbid Angel, Cannibal Corpse,
Calvary Death, Obituary, Bolt Thrower e Death. Essas bandas lançaram álbuns que
se tornaram referência dentro da cena, como os álbuns Symphonies of Sickness e
Necroticism-Descanting the Insalubrious da banda Carcass, com temática gore,
guturais extremamente graves e um som revolucionador com muita técnica e
velocidade aliadas.
Sub-gêneros
Blackened death
metal
O blackened death
metal possui uma temática preponderantemente "satânica", este
sub-gênero mistura elementos da sonoridade death metal com o black metal. Isso
pode incluir: alternância entre vocal gutural e "rasgado"; maior
ênfase na técnica musical (diferente da crueza padrão do Black metal); e a
inclusão ocasional de riffs mais "melódicos" que o black metal, e
mais sombrio nos climas que o death metal. É intermediário entre os estilos,
não propriamente uma sub-divisão do death metal simplesmente.
Algumas bandas: Angelcorpse, Bathory, Behemoth,
Dissection, Frost Like Ashes, Blasphemy, Zyklon, Belphegor, Crionics, Sarcófago
e Imperium of Iblis.
Brutal death metal
O Brutal Death
Metal é o estilo mais extremo do Death Metal, bandas como Krisiun, Nile,
Suffocation, Cannibal Corpse, Immolation entre outros grandes nomes, são
grandes precursores deste género. O estilo é caracterizado por um vocal
extremamente gutural, com letras cantadas de forma lenta seguindo os riffs da
guitarra e com bruscas mudanças de tempo.
Algumas bandas: Cannibal Corpse, Suffocation, Hate
Eternal, Nile, Devourment, Disgorge, Mortician, Azarath, Lost Soul, Skinless,
Krisiun.
Death metal
melódico
O death metal
melódico apresenta mais melodia e harmonias nas guitarras. Musicalmente, um
resgate do NWOBHM ou uma incorparação dos riffs mais "melódicos" do
Doom-death metal, acelerando-os. Este subgênero foi associado originalmente ao
Carcass que, no disco Heartwork, influenciou as maiores bandas do estilo.
Algumas bandas: Carcass, Amon Amarth, At the Gates,
Dark Tranquillity, Hypocrisy, Arch Enemy, Darkest Hour, In Flames, Eucharist,
Scar Symmetry, DevilDriver, Immortal Souls, Drowned, Sonic Syndicate e Children
of Bodom.
Death metal
progressivo
O death metal
progressivo (ou Progressive Death/Prog Death) incorpora as características de
mudança de tempos e ritmos do metal progressivo, porém alterna entre o vocal
gutural com a instrumental mais distorcida e agressiva para vocais limpos,
ritmo desacelerado, violões, entre outros.
Algumas bandas: Edge of Sanity, Opeth, Pantokrator,
Extol, Pan-Thy-Monium, Hypocrisy e Gojira.
Death metal
técnico
O death metal
técnico é um estilo partilhado por poucas bandas porém muito influente. O foco
é a complexidade musical e a técnica instrumental. Às vezes mostra forte
influência do jazz.
Algumas bandas:
Atheist, Dying Fetus, Cryptopsy, Indwelling, Cynic, Divine Heresy, Nocturnus,
Death, Necrophagist, Nile, Capharnaum e Brain Drill.
Death/Doom
O death/doom é um
sub-gênero que, em princípio, misturava o doom metal "tradicional" do
Candlemass e Trouble com o metal extremo do Death e Morbid Angel. Essa mistura
incorpora os andamentos lentos, o clima melancólico e os riffs inspirados em
Black Sabbath, do Doom, juntando-os à velocidade, os vocais guturais e os riffs
atonais do death metal.
Algumas bandas: Cathedral, Paramaecium, Incantation,
Antestor, Anathema, My Dying Bride, Frailty, Amorphis, Acid Witch, Alone Stale
e Necros Christos.
Deathgrind
O deathgrind é um
gênero de fusão do brutal death metal com o grindcore, com influências do
deathcore. É uma nova tendência que tem ganhando boa notoriedade dentro da cena
do death metal atual, com bandas como Waking the cadaver, The Partisan Turbine
e Misericordiam. O estilo tem como principais características, andamentos
extremamente rápidos da bateria, guitarras distorcidas e que emitem um som
abafado, riffs variantes, que ora são rápidos e acelerados, ora são mais lentos
e cadenciados, músicas de curta duração, em algumas bandas notamos a presença
de breakdowns e vocal pig squeal oriundo do grindcore. As letras das músicas
geralmente abordam temas relacionados à morte, multilação, doenças patológicas
e em algumas bandas pornografia e sexo explícito.
Deathcore
Com o aumento da
popularidade do metalcore, traços modernos deste estilo têm sido usados no
death metal. Bandas como Whitechapel, Carnifex, Chelsea Grin,
Impending Doom (US), The Red Chord Betraying the Martyrs e Suicide Silence
combinam metalcore com death metal. Características do death metal tais como o andamento
rápido e dinâmico na bateria (incluindo a metranca), baixa-sintonia das
guitarras, "distorções" e vocais guturais são combinados com riffs
mais lentos, candenciados e breakdowns. No caso de alguns grupos, como Despised
Icon e Bring Me the Horizon, temas líricos são menos centrados em morte e
violência, e mais em questões pessoais, como a solidão e a condição humana.
Este híbrido de metalcore/death metal é frequentemente referido como deathcore.
Death Metal
Sinfônico
Estilo que inclui
a agressividade do Death Metal com traços sinfônicos,vocais rasgados ou
guturais.blast beats sincronizados com andamento rápido e sincronizado,temas
baseados em mitologia e ocultismo,tem presença forte de traços sinfônicos com a
utilização de teclados e orquestrações.
Algumas bandas: Fleshgod Apocalypse, Septic Flesh,
The Monolith Deathcult
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